Formação
Mergulhe no Projeto!
O que é a formação de novos/as membros/as? Não é um tipo de pergunta que possa ser respondida em simples palavras, porque é um momento único. Um momento de desconstrução e construção, pois aqui preconceitos são derrubados para erguerem-se alicerces que servirão de base para a plena realização da UVE. Pois, há a necessidade de demonstrar uma realidade a que muitos não estão habituados/as: a das crianças de Itapoã.
Um evento onde interessados/as em participar da UVE conhecerão um pouco sobre os princípios, a educação popular embasada nos conceitos apresentados por Paulo Freire e a importância da existência de um projeto de extensão universitário. Ou seja, valores cruciais inerentes ao projeto. Portanto, a formação seria um pressuposto, uma peça indispensável, para a criação de bases sólidas para o semestre.
Em um contexto semelhante à de um albergue, os/as participantes vivenciarão experiências em conjunto. Comer, beber, dormir e acordar como um coletivo. Ou seja, conviver durante o curto, porém extenso relativamente, período do evento faz com que haja uma maior troca de informações e surjam laços que permitirão um desenvolvimento de um projeto harmonioso e coeso. Nas últimas edições, essas experiências foram concretizadas na Fazenda Água Limpa em um final de semana.
Todos/as aqueles/as interessados/as em conhecer melhor o projeto desenvolvido em Itapoã podem participar, são bem vindos/as! A formação, como porta de entrada para os novos/as membros/as, geralmente, ocorre uma vez no início de todo semestre letivo da Universidade de Brasília, com data e local avisados com antecedência.
Guilherme Martins
Tempo de construir
Extensão não é doação, é troca. Ao invés de simplesmente ensinar, é também aprender e compartilhar. É colocar-se no lugar do outro se enxergando nele. Essas foram algumas das conclusões extraídas dos ricos debates promovidos durante o fim de semana de formação da UVE, nos dias 3 e 4 de setembro, na Fazenda Agua Limpa, da UnB.
Entrosamento e reflexão sobre a ação extensionista, assim como detalhamento da dinâmica de atuação da UVE e a que o projeto de se pretende, pautaram as discussões, permeadas pelo espírito renovador trazido pelos novos membros. Estes chegaram para ajudar a desenvolver o projeto que tem entre seus objetivos o de estimular a autonomia não só das crianças, mas dos próprios universitários. Com sugestões, debates e análise crítica da prática na UVE, eles têm oportunidade de imprimir um pouco de sua própria identidade no projeto, contribuindo para sua constante renovação, alicerçada em seus princípios e referenciais teóricos.
De maneira dinâmica e integradora, refletimos sobre nossas próprias experiências escolares, além de pontuarmos a diferença de objetivo entre extensão e ações assistencialistas. Foi um momento para desconstruir preconceitos e começar a conhecer melhor uma realidade distante da que, em geral, se está habituada/o: a das crianças de Itapoã.
A formação dos novos membros é a iniciação dos interessados na UVE, além de excelente oportunidade para os que desejam se familiarizar com educação popular fundada nos conceitos de Paulo Freire, e com a importância da extensão universitária. Esse momento é crucial para o sucesso do projeto, tendo em vista que não há como dissociar ação e reflexão, atuação com as crianças e seus familiares em Itapoã e a leitura e discussão de textos para embasar a prática na UVE.
A formação é pressuposto para o ingresso no projeto, por criar bases sólidas do que será construído ao longo do semestre, mas a participação durante o fim de semana não obriga a atuação na UVE. Desse modo, todas/os interessadas/os em conhecer melhor o trabalho desenvolvido em Itapoã são bem-vindas/os. Nossas formações acontecem no início de cada semestre letivo, com data e local divulgados com antecedência.
A UVE agradece àqueles que participaram dessa última edição de nossa formação e contribuíram para o seu sucesso, assim como todas/os que, de diversos modos, apoiaram e colaboraram com essa iniciativa.
Alana Micaelle Cavalcante Carvalho